The National Times - Trump não pode pagar fiança de US$ 464 milhões em caso de fraude, dizem advogados

Trump não pode pagar fiança de US$ 464 milhões em caso de fraude, dizem advogados


Trump não pode pagar fiança de US$ 464 milhões em caso de fraude, dizem advogados
Trump não pode pagar fiança de US$ 464 milhões em caso de fraude, dizem advogados / foto: © AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pode depositar os US$ 464 milhões (R$ 2,33 bilhões) estabelecidos como fiança por sua sentença - multa de US$ 355 milhões acrescida de juros - por fraude fiscal em Nova York, anunciaram seus advogados nesta segunda-feira (18).

Alterar tamanho do texto:

"Obter uma fiança de US$ 464 milhões é impossível dadas as circunstâncias", afirmam os advogados em um documento de 250 páginas apresentado ao tribunal, no qual apontam a possibilidade de que o magnata, que construiu sua fama no setor imobiliário nova-iorquino, sofra uma crise financeira a menos que a Corte de Apelações intervenha a seu favor.

A fiança é uma garantia de que o republicano pagará qualquer sanção que lhe seja imposta no caso de falha em seu recurso de apelação. Normalmente, deveria ser subscrita por uma seguradora ou uma empresa de fianças especializada.

Mas "apesar de rastrearmos o mercado, não obtivemos sucesso em nosso esforço para obter uma fiança no valor da sentença", alegam os advogados, concluindo que se trata de uma "impossibilidade prática".

O juiz instrutor do caso, Arthur Engoron, condenou em 16 de fevereiro o ex-presidente e seus dois filhos mais velhos, Donald Jr. e Eric Trump, a pagar US$ 355 milhões (R$ 1,78 bilhão) por inflar o valor de suas propriedades para obter juros mais favoráveis em empréstimos e seguros.

A decisão também o proíbe, por três anos, e seus filhos, por dois, de dirigir empresas na cidade de Nova York.

Trump, que aos 77 anos busca retornar à Casa Branca nas eleições de novembro, havia solicitado depositar uma fiança de US$ 100 milhões (R$ 502,29 milhões), mas o juiz rejeitou em 28 de fevereiro.

O republicano, que se tornou conhecido como promotor imobiliário e homem de negócios em Nova York antes de entrar na política, pode ter que vender algumas de suas propriedades emblemáticas para cobrir a multa se sua apelação falhar.

Esse valor se soma aos US$ 83,3 milhões (R$ 418,42 milhões) depositados em outro caso, um processo por difamação à escritora e jornalista E. Jean Carroll, enquanto o recurso é resolvido.

Trump, que enfrenta 91 acusações criminais em outros casos, aproveitou seus problemas legais para estimular seus apoiadores e denunciar seu rival, o presidente democrata Joe Biden, por uma "caça às bruxas". O ex-presidente argumenta que os processos são "apenas uma maneira" de “prejudicá-lo nas eleições”.

O prazo para a apresentação da fiança termina em 25 de março. A partir dessa data, a promotoria pode começar a confiscar alguns de seus bens, como a Trump Tower, localizada na Quinta Avenida de Nova York.

T.Cunningham--TNT

Apresentou

'Mayo' Zambada, cofundador do cartel de Sinaloa, pronto para se declarar culpado nos EUA

Ismael "Mayo" Zambada, cofundador do poderoso Cartel de Sinaloa na década de 1980, deve se declarar culpado de tráfico de drogas nesta segunda-feira (25) em Nova York, decisão com a qual evita ir a julgamento e pode resultar em uma pena menor do que a de seu ex-sócio Joaquín "El Chapo" Guzmán, que cumpre pena perpétua nos Estados Unidos.

Deputados do Camboja aprovam lei que permite retirada de cidadania

Deputados do Camboja aprovaram nesta segunda-feira (25) uma lei que permite retirar a cidadania de pessoas que colaboram com países estrangeiros, uma iniciativa que, segundo grupos de defesa dos direitos civis, poderia ser utilizada para perseguir dissidentes.

Sobrevivente de assassinato com refeição envenenada na Austrália diz estar "meio vivo"

O único sobrevivente de uma refeição envenenada, com a qual uma mulher australiana matou três parentes de seu marido, afirmou nesta segunda-feira (25) que sente estar "meio vivo" sem a esposa, que foi uma das vítimas do crime.

Incêndios devastam uma Espanha envelhecida

"Seu maior medo" era de que tudo o que tinham "pudesse pegar fogo", diz à AFP a prefeita de Benavente, Beatriz Asensio, sobre os muitos idosos que acabaram em um abrigo desta cidade após terem sido desalojados devido aos incêndios na Espanha que afetaram, sobretudo, áreas rurais com um grande contingente de pessoas mais velhas.

Alterar tamanho do texto: