The National Times - Ativistas exigem libertação de jornalista preso na Guatemala desde 2022

Ativistas exigem libertação de jornalista preso na Guatemala desde 2022


Ativistas exigem libertação de jornalista preso na Guatemala desde 2022
Ativistas exigem libertação de jornalista preso na Guatemala desde 2022 / foto: © AFP

Dezenas de ativistas protestaram, nesta quinta-feira (18), na Guatemala para exigir que a Suprema Corte liberte o jornalista José Rubén Zamora, preso desde 2022 por questionadas ações abertas pelo Ministério Público.

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O jornalista de 69 anos, fundador do extinto jornal El Periódico, passou mais de 1.000 dias preso por suposta lavagem de dinheiro e outras acusações que organizações internacionais e vários governos classificam como uma tentativa de silenciamento do Ministério Público e do governo anterior.

Entre outubro de 2024 e março de 2025, o comunicador esteve em prisão domiciliar, mas a medida foi revogada a pedido do MP. O tribunal ainda tem pendente a resolução de um recurso que poderia permitir sua saída da prisão.

"Este processo [...] é praticamente uma vingança daqueles que se sentiram expostos na época em que El Periódico denunciou muitos casos de corrupção", disse à AFP o presidente da Associação de Jornalistas da Guatemala, Mario Recinos.

Ele acrescentou que a procuradora-geral, Consuelo Porras — sancionada como "corrupta" e "antidemocrática" por Estados Unidos e União Europeia —, utilizou "uma série de artifícios jurídicos" para manter Zamora preso.

A manifestação pelo centro da Cidade da Guatemala teve início no prédio do MP, onde dirigentes dos jornalistas e de outras organizações entregaram um pedido pela libertação de Zamora, no qual denunciaram que seu processo "tem estado cheio de irregularidades".

Vários manifestantes tocaram tambores e vestiram camisas pretas com uma foto do comunicador e a frase: "Liberdade para Zamora Já".

Considerado "prisioneiro de consciência" pela Anistia Internacional, o jornalista foi preso após publicar em seu jornal casos de corrupção que envolviam o então presidente de direita Alejandro Giammattei (2020-2024). O veículo fechou em 2023, enquanto ele estava detido.

Em 14 de junho de 2023, um tribunal o condenou a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro, mas a sentença foi anulada e o julgamento deverá ser repetido.

R.T.Gilbert--TNT