The National Times - Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA

Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA


Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA
Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA / foto: © AFP

Um juiz federal determinou, nesta quarta-feira (30), que as autoridades migratórias americanas libertem um estudante palestino detido quando se apresentou a uma entrevista para seu processo de naturalização por participar dos protestos contra a guerra em Gaza na Universidade de Columbia.

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Mohsen Mahdawi, alvo de uma ordem de deportação, mostrou-se desafiante às portas de um tribunal no estado de Vermont, no nordeste do país.

"Não tenho medo de você", disse, dirigindo-se ao presidente americano, Donald Trump, cujo governo lançou uma ofensiva contra os imigrantes, entre eles os estudantes pró-palestinos.

Mahdawi foi detido em 14 de abril, quando se apresentou a uma entrevista para obter a nacionalidade americana, informaram seus advogados.

Este palestino, nascido na Cisjordânia ocupada por Israel, se formaria no próximo mês e tinha previsto cursar um mestrado em Columbia ainda este ano, segundo a ação judicial.

Ele é cofundador do movimento de estudantes palestinos na Universidade de Columbia, juntamente com Mahmoud Khalil, a quem Trump também tentou expulsar desde sua detenção, em março.

"O que fizeram comigo? Me prenderam. Por qual motivo? Porque levantei a voz e disse não à guerra, sim à paz", disse Mahdawi nesta quarta-feira.

Um juiz tinha ordenado anteriormente que Mahdawi permanecesse no estado de Vermont, depois que as autoridades migratórias transferiram rapidamente outros estudantes detidos para outras jurisdições para evitar a justiça ou buscar estados mais favoráveis às políticas antimigratórias de Trump.

Além de impugnar sua expulsão, Mahdawi acusou o governo Trump de violar a Constituição americana com a perseguição dos ativistas estudantis.

Trump trava uma guerra contra as universidades americanas pelos protestos do ano passado, que pediam o fim da guerra de Israel em Gaza, que reduziu o território palestino a escombros e deixou mais de 52 mil mortos.

O magnata republicano e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, acusam os manifestantes de apoiarem o grupo islamista palestino Hamas, cujo ataque contra Israel, em 7 de outubro de 2023, desencadeou a guerra.

O governo Trump também afirma que as universidades não agiram contra o antissemitismo nos campi.

R.Campbell--TNT