The National Times - Petro solicita ingresso da Colômbia ao banco do Brics

Petro solicita ingresso da Colômbia ao banco do Brics


Petro solicita ingresso da Colômbia ao banco do Brics
Petro solicita ingresso da Colômbia ao banco do Brics / foto: © POOL/AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se candidatou na China nesta sexta-feira (16) para a adesão de seu país ao banco do Brics, o grupo das economias emergentes, dias depois de se juntar ao megaprojeto chinês da Rota da Seda.

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O mandatário de esquerda está fortalecendo laços com a China em sua visita a Pequim.

Na quarta-feira, Petro aderiu ao programa multibilionário com o qual seu contraparte chinês, Xi Jinping, pretende expandir a influência econômica e política da China. Esta decisão irritou Washington.

Nesta sexta-feira, o presidente colombiano apresentou um pedido para inclusão no Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, o bloco multilateral formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, entre outros.

O governo colombiano disse à presidente do banco, Dilma Rousseff, que o país está disposto a adquirir ações por US$ 512,5 milhões (quase R$ 3 bilhões, na cotação atual), de acordo com um comunicado da presidência.

"O que a Colômbia tem que fazer é estar em todos os bancos multilaterais do mundo, sem exceção", disse Petro à imprensa.

O mandatário garantiu que atualmente seu país não considera aderir ao bloco devido à sua posição de neutralidade sobre a guerra na Ucrânia, e que seu pedido contempla apenas a entrada em seu banco.

O grupo, que aumentou seu número de membros nos últimos anos com o ingresso de países como Egito e Emirados Árabes Unidos, representa quase metade da população mundial.

Petro disse na rede X que havia apresentado um projeto para ligar os oceanos Pacífico e Atlântico através de uma rede ferroviária ou um canal construído na Colômbia, a fim de "melhorar" os "custos de transporte" com a Ásia. Sua proposta surge em meio às tensões entre Estados Unidos e China sobre o Canal do Panamá.

Na quinta-feira, o Departamento de Estado americano advertiu que se oporá "fortemente" aos projetos chineses da Rota da Seda na América Latina e não permitirá desembolsos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de outras instituições financeiras internacionais para empresas estatais e controladas pelo governo chinês na Colômbia.

O presidente colombiano considera como "sensata" esta posição de seu principal parceiro comercial.

"Com os Estados Unidos, podemos conversar em termos iguais, se eles quiserem, e com a China temos conversado em termos iguais", acrescentou.

S.M.Riley--TNT