The National Times - Presidente da China enaltece 'resistência' de sua economia

Presidente da China enaltece 'resistência' de sua economia


Presidente da China enaltece 'resistência' de sua economia
Presidente da China enaltece 'resistência' de sua economia / foto: © AFP

A economia da China está "mais resistente e dinâmica do que nunca", afirmou, neste domingo (31), o presidente Xi Jinping em seu discurso de Ano Novo, e acrescentou que a China "seguramente se reunificará".

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Em pronunciamento transmitido pela emissora estatal CCTV, Xi disse que a economia havia "resistido à tempestade" e elogiou a promoção do "desenvolvimento de alta qualidade" e de indústrias emergentes como os veículos elétricos, as baterias de lítio e os painéis solares.

O líder chinês fez um chamado para "consolidar e melhorar" a recuperação econômica em 2024 e para "conseguir uma estabilização econômica no longo prazo".

"Algumas empresas enfrentam pressão em suas atividades e algumas pessoas experimentam dificuldades em termos de emprego e condições de vida", reconheceu.

"Nosso objetivo é ambicioso e muito simples. Trata-se simplesmente de ajudar as pessoas a viverem melhor", frisou.

Sobrecarregada por uma gestão muito dispendiosa da crise da covid-19, a segunda maior economia mundial mal conseguiu se recuperar em 2023.

A taxa recorde de desemprego juvenil, a falta de confiança entre os consumidores e a persistente crise de endividamento no setor imobiliário frearam o crescimento. Além disso, os números da atividade industrial caíram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, segundo dados oficiais publicados neste domingo.

Nos últimos meses, a China anunciou uma série de medidas e uma importante emissão de títulos soberanos para estimular o gasto em infraestrutura e impulsionar a atividade econômica, com resultados díspares até o momento.

Apesar de alguns sinais alentadores, como o crescimento de 4,9% do PIB no terceiro trimestre, melhor do que o previsto, espera-se que Pequim tenha dificuldades para alcançar sua meta de crescimento anual, próxima de 5%, a mais modesta em anos.

- China 'seguramente se reunificará' -

A 15 dias das eleições presidenciais em Taiwan, Xi Jinping declarou também que a China "seguramente se reunificará".

"Todos os chineses de ambas as costas do estreito de Taiwan deveriam estar unidos por um objetivo comum e compartilhar a glória do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Xi em seu discurso.

Durante uma reunião em meados de novembro com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, o líder chinês já tinha assinalado que a reunificação de Taiwan era "inevitável".

A China considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu unificar ao restante de seu território desde o fim da guerra civil em 1949.

Pequim, que não exclui a possibilidade de conquistar a ilha pela força, exerce forte pressão militar e econômica sobre Taiwan desde 2016, quando chegou ao poder Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (PDP) que, segundo o governo chinês, empenha-se em defender a independência.

Para Taipei, Pequim aumentou a pressão militar nos últimos meses em torno da ilha, às vésperas das eleições presidenciais de 13 de janeiro.

- Cumprimentos a Putin -

O presidente chinês também aproveitou o último dia do ano para enaltecer as relações com seu colega russo Vladimir Putin.

"Diante das mudanças sem precedentes em um século e de uma situação regional e internacional turbulenta, as relações entre China e Rússia seguiram um desenvolvimento sadio e estável, e evoluíram de forma constante na direção correta", afirmou Xi.

Ao refletir sobre os laços entre Pequim e Moscou no ano de 2023, Xi garantiu que "as bases materiais e públicas de nossa relação se fortaleceram [...] Sob nossa liderança conjunta, a confiança política mútua entre ambas as partes se aprofundou, nossa coordenação estratégica se estreitou e a cooperação mutuamente benéfica continuou produzindo novos resultados."

No início de dezembro, durante uma visita a Pequim do primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, Xi afirmou que manter relações próximas com Moscou era uma "decisão estratégica".

Os dois aliados aproximaram seus laços quando os países ocidentais deram as costas a Moscou depois da invasão russa da Ucrânia. Além disso, os laços refletem a importância da relação pessoal entre ambos os líderes, e Xi descreve Putin como um "bom amigo".

F.Harris--TNT