The National Times - Começam as alegações finais no julgamento de Sean 'Diddy' Combs

Começam as alegações finais no julgamento de Sean 'Diddy' Combs


Começam as alegações finais no julgamento de Sean 'Diddy' Combs
Começam as alegações finais no julgamento de Sean 'Diddy' Combs / foto: © AFP/Arquivos

Após quase dois meses de depoimentos no midiático julgamento do rapper Sean "Diddy" Combs, a acusação e a defesa iniciaram, nesta quinta-feira (26), seus argumentos finais, momento crucial do processo que combinou ingredientes de poder, fama, sexo e drogas.

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O magnata da música foi acusado de associação ilícita e tráfico sexual e se declarado culpado poderá passar o resto da vida na prisão.

A fiscal Christy Slavik descreveu Combs como líder de uma empresa criminosa que "não aceita não como resposta".

"O acusado utilizou poder, violência e o medo para conseguir o que queria", disse a fiscal aos 12 jurados que, por mais de sete semanas, observam o temperamento violento de Combs e sua propensão a orgias sexuais, nas quais ele fazia suas parceiras praticarem sexo com profissionais que ele contratava.

Ambas as partes declararam que suas alegações finais durarão várias horas.

Para a promotoria, Combs, de 55 anos, foi o cérebro durante décadas de uma rede em que ele e um círculo íntimo de empregados forçaram as vítimas a realizar trabalhos forçados, a se prostituírem e cometeram outros crimes como suborno e manipulação de testemunhas.

O famoso produtor musical e fundador da gravadora Bad Boy Records coagiu duas mulheres — a cantora Casandra "Cassie" Ventura e posteriormente uma mulher que testemunhou sob pseudônimo — a manterem relações sexuais com acompanhantes pagos, sob efeito de drogas, durante anos, segundo a promotoria.

A acusação mais grave, de associação ilícita, poderia enviar Combs à prisão perpétua caso fosse declarado culpado. Ele também enfrenta acusações de agressão e tráfico sexual e mais duas de transporte com fins de prostituição.

Combs, que recusou testemunhas para se defender, nega tudo. Seus advogados defendem que as relações do artista foram consensuais e tentaram convencer o júri de que muitas das testemunhas agiram por lucro ou despeito.

A promotoria apresentou milhares de páginas de mensagens e gravações telefônicas e horas de depoimentos que envolveram leituras meticulosas de algumas das trocas mais explícitas e comoventes.

Muitas dessas gravações mostram angústia por parte das supostas vítimas. Mas muitas das mensagens também mostram afeto e desejo, algo que a defesa enfatizou repetidamente.

O júri viu evidências em vídeo das orgias sexuais que a promotoria considera criminosas, enquanto a defesa exibiu trocas que, segundo eles, implicam consentimento.

Também há pagamentos a acompanhantes, assim como faturas de voos e hotéis.

Depois de concluídos os argumentos, os 12 integrantes do júri irão se retirar para deliberar, provavelmente a partir de segunda-feira (30).

N.Taylor--TNT