The National Times - Funerais de presidenciável morto na Colômbia acontecem sem Petro

Funerais de presidenciável morto na Colômbia acontecem sem Petro


Funerais de presidenciável morto na Colômbia acontecem sem Petro
Funerais de presidenciável morto na Colômbia acontecem sem Petro / foto: © AFP

Centenas de colombianos se despediram com as mais altas honrarias do senador e pré-candidato à Presidência assassinado Miguel Uribe, cujo corpo será enterrado nesta quarta-feira (13) na ausência do presidente Gustavo Petro, a pedido da família do opositor.

Alterar tamanho do texto:

Uribe morreu anteontem, em consequência de ferimentos na cabeça resultantes de um ataque a tiros que sofreu em junho. O episódio reviveu os fantasmas dos piores anos de violência política, quando cinco candidatos à Presidência foram alvo de disparos no século XX.

O senador, que tinha 39 anos, foi homenageado por amigos, familiares, ex-presidentes e apoiadores pelo terceiro dia consecutivo no Congresso, que estava protegido por cerca de 600 policiais, atiradores de elite e apoio aéreo.

Após discursos emocionados no hemiciclo, o caixão foi levado por guardas presidenciais para a Catedral Metropolitana de Bogotá, onde aconteceu uma missa prévia ao sepultamento.

Neto do ex-presidente Julio César Turbay (1978-1982), Uribe era filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991, em uma operação policial fracassada durante seu sequestro por ordem de Pablo Escobar.

Uribe era o candidato favorito da direita para substituir, em 2026, o presidente esquerdista Gustavo Petro, que não compareceu às homenagens. "Simplesmente respeitamos a família e evitamos que o funeral (...) seja tomado pelos apoiadores do ódio", publicou o presidente no X.

A oposição acusou Petro de polarizar o debate público, e alguns lhe atribuem responsabilidade política pelo assassinato. O ministro do Interior, Armando Benedetti, informou que o presidente e seus funcionários não compareceriam ao funeral por decisão da família.

Participaram da homenagem Christopher Landau, subsecretário de Estado americano; John McNamara, embaixador dos Estados Unidos na Colômbia; e o senador americano Bernie Moreno.

"Precisamos que os órgãos de inteligência de países amigos, como Estados Unidos, Reino Unido e Israel, ajudem a inteligência militar e policial, os juízes e os promotores a esclarecer esse magnicídio", leu o opositor Gabriel Vallejo, em discurso escrito pelo ex-presidente Álvaro Uribe, líder histórico da direita, que cumpre prisão domiciliar por suborno.

Autoridades prenderam seis pessoas ligadas ao assassinato, incluindo o autor do disparo, de 15 anos, e apontam como principal suspeitos membros da dissidência das Farc conhecida como Segunda Marquetalia.

A.Robinson--TNT