The National Times - Lula veta parcialmente lei sobre licenciamento criticada por ambientalistas

Lula veta parcialmente lei sobre licenciamento criticada por ambientalistas


Lula veta parcialmente lei sobre licenciamento criticada por ambientalistas
Lula veta parcialmente lei sobre licenciamento criticada por ambientalistas / foto: © AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou nesta sexta-feira (8) alguns trechos da lei que flexibiliza o trâmite de licenças ambientais, após a forte rejeição que ela sofreu de setores ambientalistas.

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Batizado por seus detratores de "PL da Devastação", o texto aprovado pelo Congresso previa exceções em licenças para obras consideradas "estratégicas" e facilitava certas autorizações sob mera declaração de compromisso, entre outras medidas.

Com o veto parcial de Lula, a lei mantém as proteções especiais para vários territórios indígenas e a Mata Atlântica, ressaltou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista coletiva. Lula busca fazer com que "o Brasil possa inaugurar um novo ciclo de prosperidade, onde a economia não brigue com a ecologia, mas façam parte da mesma equação", afirmou.

A organização SOS Mata Atlântica, que havia entregue a Lula um documento com mais de 1 milhão de assinaturas que pedia o veto à lei, celebrou em comunicado a decisão do presidente, cujo veto deve agora ser aprovado pelo Congresso.

Lula busca liderar a discussão ambiental no exterior, mas enfrenta críticas em casa por apoiar a exploração de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial, zona marinha localizada a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas, no norte do país.

No caso dos projetos "estratégicos", o presidente restabeleceu a exigência de licenças ambientais, mas estipulou um prazo de um ano para que elas sejam concedidas ou negadas, uma disposição que poderia agilizar as permissões na Margem Equatorial.

Segundo Lula, o projeto é necessário para financiar a transição energética na maior economia da América Latina. Ele também manteve as permissões sob declaração de compromisso, mas apenas para iniciativas consideradas de baixo impacto ambiental.

A ONG Greenpeace destacou que o veto presidencial é uma "medida essencial para corrigir distorções graves no texto aprovado pelo Congresso".

T.F.Russell--TNT