The National Times - Tribunal decide que Trump pode barrar AP de certos eventos

Tribunal decide que Trump pode barrar AP de certos eventos


Tribunal decide que Trump pode barrar AP de certos eventos
Tribunal decide que Trump pode barrar AP de certos eventos / foto: © AFP/Arquivos

Uma corte de apelações decidiu nesta sexta-feira (6) que a Casa Branca pode proibir o acesso de jornalistas da agência de notícias Associated Press (AP) a certos eventos do presidente americano.

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Em fevereiro, os jornalistas e fotógrafos da AP foram barrados do Salão Oval e de viagens no Air Force One, devido à decisão da agência de continuar usando a denominação "Golfo do México", e não "Golfo da América", como decretado por Trump.

Dois meses depois, o juiz federal Trevor McFadden considerou que essa medida constituía uma violação da Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão e de imprensa.

No entanto, um painel de juízes de um tribunal federal de apelações com sede em Washington decidiu hoje que, enquanto o processo judicial não é concluído, o governo pode continuar excluindo a AP dos "espaços presidenciais restritos", que não estão protegidos pela Primeira Emenda, afirmou.

A decisão foi celebrada pelo presidente americano, que trava uma batalha contra as principais mídias tradicionais. "Vitória ENORME contra a AP hoje. Negaram-se a revelar os fatos ou a verdade sobre o Golfo da América. Notícias falsas!", publicou Trump na plataforma Truth Social.

A AP, uma organização de 180 anos que é um dos pilares do jornalismo americano, negou-se até agora a se retratar da decisão de continuar usando a denominação Golfo do México.

Em seu manual de estilo, a agência destaca que o golfo "recebeu esse nome há mais de 400 anos" e que vai se referir "a ele por seu nome original, embora reconheça o novo nome escolhido por Trump".

Desde que Trump retornou à Presidência, em janeiro, seu governo tem tentado reorganizar radicalmente a forma como a Casa Branca é coberta pela mídia, favorecendo especialmente podcasters e criadores de conteúdo conservadores.

"Continuaremos ampliando o acesso às novas mídias, para que mais pessoas possam cobrir o presidente mais transparente da história dos Estados Unidos, em vez de apenas as mídias tradicionais decadentes", reagiu no X a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Duas semanas após excluir a AP, a Casa Branca retirou dos jornalistas o poder que existia há quase um século de decidir quais profissionais integram o grupo seleto de repórteres e fotógrafos que cobrem eventos presidenciais.

P.Murphy--TNT