The National Times - Eurodeputados flexibilizam normas sobre emissões para indústria automotiva

Eurodeputados flexibilizam normas sobre emissões para indústria automotiva


Eurodeputados flexibilizam normas sobre emissões para indústria automotiva
Eurodeputados flexibilizam normas sobre emissões para indústria automotiva / foto: © AFP/Arquivos

Os eurodeputados aprovaram, nesta quinta-feira (8), uma flexibilização das normas impostas à indústria automotiva sobre as emissões de CO2, para evitar multas elevadas este ano, como forma de apoiar um segmento abalado pela crise.

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O texto, proposto pela Comissão Europeia (o Executivo da UE), foi aprovado com 458 votos a favor e 101 contra, quase todos procedentes das bancadas ambientalista e de esquerda no plenário do Parlamento Europeu.

O novo sistema adotado considera as emissões ao longo de três anos, de 2025 a 2027, em vez de apenas um ano.

A modificação oferece um prazo limite para as montadoras que estão atrasadas nos objetivos de redução de emissões, além de evitar penalizações baseadas nos resultados até 31 de dezembro de 2025.

O eurodeputado centrista francês Pascal Canfin disse à AFP que "a pressão dos fabricantes foi tamanha que se considerou necessário estabelecer uma média de três anos, em vez de observar os medidores em 31 de dezembro".

A UE anunciou a medida para apoiar um setor tradicional e influente da indústria europeia, que foi severamente impactado pela concorrência dos Estados Unidos e da China.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) recebeu com satisfação o apoio dos deputados. Para a entidade, a medida proporciona uma "flexibilidade muito necessária para cumprir os objetivos de CO2, neste momento importante em nossa transição rumo à mobilidade de emissões zero".

A eurodeputada ecologista belga Saskia Bricmont lamentou o resultado da votação. Para a legisladora, uma flexibilização nas normas sobre emissões "atrasaria a comercialização de veículos elétricos acessíveis, que são vitais" para os consumidores europeus.

"Isto é incompreensível. É outro passo atrás na luta contra as mudanças climáticas", disse Bricmont.

C.Bell--TNT